“Batido nem gosto de passar”. Com essa frase apresentamos João Luiz, participante do BBB21, do grupo Pipoca. Professor de geografia, 24 anos e morador de Minas Gerais, ele garante que pode estar no meio de um grupo com grande número de pessoas que vai ser notado. Muito comunicativo, o mineiro acredita que fala e se expressa muito bem.
“Sou uma pessoa comunicativa, uma das minhas maiores qualidades é conseguir conversar com as pessoas, independentemente da minha afinidade. Se você me colocar num ambiente com um número de pessoas, essas pessoas vão saber quem eu sou”, garante.
Professor dedicado, João Luiz dá aulas para alunos de 14 a 17 anos em uma escola do Estado. Dentro da sala, faz o papel de educador e amigo. Acredita que sua idade, seu estilo e sua personalidade diminuem a barreira entre aluno e professor:
“Sou professor da galera, mas me imponho muito. Quando entrei na sala de aula pela primeira vez na escola, os alunos viram uma figura que nunca viram antes. Um professor que tem brinco, alargador, com o caderno da série que ele assiste, que sabe a música que ele está escutando. Tento construir essa ideia de não estar longe dos meus alunos, eles saberem que podemos gostar das mesmas coisas. Eu sou amigo dos meus alunos, estou aberto para além de ficar dando aula.”
Há alguns meses, João precisou se reinventar por conta pandemia da Covid-19. Para continuar ensinando, aprendeu a gravar e editar vídeos. Todos os dias do isolamento testemunha o abismo social entre os alunos da escola pública, onde muitos não têm acesso à internet.
“A pandemia e o ensino remoto serviram para perceber que as desigualdades estão gritando. Tenho aluno que não tem acesso à internet. Eu gravava aula, editava e mandava pra eles. Tiro dúvidas. O que mais me dói são os alunos que não consigo chegar”, explica ele, que também conta ter ajudado os jovens de outras maneiras:
“Tinha alunos que estavam desenvolvendo quadros depressivos e eles chegavam pra mim para conversar. Eu comunicava à assistente social e eles não tinham conversado com ela.”
Na vida, João passou por momentos difíceis. Filho de mãe branca e pai negro, já sofreu muito preconceito: “Meus pais sempre me ensinaram a me defender. Sempre que estava com a minha mãe era o filho adotado, e quando estava com o meu pai eu era o filho mais claro. No momento que tive mais qualidade de vida, meus pais me colocaram numa escola particular e eu era o único negro da sala”, diz ele, que também fala abertamente sobre sua sexualidade:
“Falar da minha sexualidade é uma coisa que eu gosto. Meus alunos e colegas de trabalho sabem que sou gay. Tenho um namorado e moramos juntos há um ano.”
Festeiro, o participante adora uma balada e, desde 2014, todo ano promove o JL Day no dia do seu aniversário. Um evento que reúne os amigos para se divertirem em jogos e gincanas. “Em 2017, fiz uma competição entre equipes para ganhar um troféu de papelão que eu fiz [risos]. Esse ano fiz uma live! Sou o João que dança funk, que chora quando tem que chorar, que grita, que briga quando tem que brigar.”
Entrar no BBB é a realização de um projeto de vida para João Luiz. Competitivo, ele conta que uma das poucas discussões que teve com o namorado foi por causa de um jogo de tabuleiro, e, na casa, esse lado pode aflorar ainda mais:
“O Big Brother não é um joguinho, é meu plano A. Tenho que saber exatamente onde estou pisando. Toda vez que tenho que lidar com uma situação, tenho aqueles momentos de emoção, que a gente explode, mas, na maioria das vezes, consigo pensar”, analisa e acrescenta:
“Acho que vale tudo. É possível fazer alianças, mas, ao mesmo tempo, pensando no seu, entendendo que não é um jogo em equipe. Não me sacrifico por ninguém. O jogo não é coletivo, é individual.”
bbb21, #bbb21 #bbb #bbb20 #feedbbb #redebbb #bigbrotherbrasil #bigbrother #realityshow #esquentabbb #enquetebbb #bbbenquete #fogonoparquinho #votarenquete #noticiasdatv
Tags