Cara de Sapato BBB 23

Integrante do grupo Camarote do Big Brother Brasil, lutador de MMA de 32 anos tem uma trajetória de reviravoltas na carreira

  Reprodução Big Brother Brasil / gshow

Quando Antonio “Cara de Sapato” parou de competir pelo jiu-jitsu e decidiu migrar para o MMA, seu tempo de transição e ajuste na nova modalidade foi muito rápido. Ele tinha encontrado por acaso o amigo e lutador Júnior Cigano na Austrália e os dois falaram sobre essa mudança.

Cigano prometeu ajudá-lo assim que retornasse ao Brasil e logo começou uma das etapas mais marcantes da carreira do atleta.

“Comecei já treinando com Cigano, campeão do mundo, peso-pesado, e eu, lá, faixa branca no MMA até então. Fiz minha primeira luta em julho de 2013. No dia 12 de janeiro de 2014, estava fazendo a minha luta de entrada. Se não ganhasse, não ia entrar no programa.”

O programa a que se refere é a terceira temporada do The Ultimate Fighter Brasil (TUF), reality que o consagrou campeão e o projetou nacional e internacionalmente. Além de conseguir um contrato com o UFC, a maior organização de MMA do mundo, o projeto como um todo o desafiou pessoal e profissionalmente.

“O TUF foi um marco na minha vida. Era um moleque bem inexperiente no MMA; tinha pouco tempo de luta e já entrei no reality, contra caras superexperientes, em uma categoria que não era a minha. Mas, foi a oportunidade que eu tive e abracei com unhas e dentes”.

Nesta quinta, 12 de janeiro de 2023, exatamente 9 anos depois da luta que foi tão importante na carreira, ele é anunciado para agarrar com afinco uma outra oportunidade: o de ser morador da casa mais vigiada do Brasil.

“Sempre gostei e ficava me imaginando no BBB (...) Vou estar completamente exposto para todo mundo e fora da minha zona de conforto. Gosto de me colocar nessas situações porque sei que isso me faz evoluir. Como atleta, como pessoa e ser humano”.

E ele sabe do que está falando. Acostumado a mudanças, a trajetória do “Cara de Sapato” mostra que ele não tem medo do novo. Natural de João Pessoa, na Paraíba, mas criado em Salvador, descobriu o amor pelo jiu-jitsu aos 14 anos e seguiu o sonho de ser lutador, mesmo contra a vontade dos familiares e amigos.

Foi faixa preta na modalidade; campeão do mundo 10 vezes, campeão sul-americano, panamericano e bicampeão mundial. Depois, migrou para o MMA, onde lutou em eventos pelo Nordeste do Brasil e ganhou o The Ultimate Fighter, em 2014. Em 2021, depois de um momento turbulento na carreira, em que quase pensou em desistir, saiu do UFC e foi para a PFL [Professional Fighters League], onde ganhou seu primeiro cinturão na categoria meio-pesado.

“As reviravoltas da vida me ensinaram muito. Porque a luta é isso. Quando você ganha, você sente que está no topo do mundo. Mas, quando perde, você se sente a pior pessoa.”

“Espero trazer da luta a resiliência de continuar e saber lidar com as situações. Às vezes, você está perdendo e tem que virar o jogo. Ou tem uma estratégia formada e tudo muda. Quero trazer isso de não desistir, independente dos cenários, e contornar com a vitória.”

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