Fred Nicácio BBB 23

Integrante do grupo Camarote do Big Brother Brasil é apresentador e médico, e já viralizou na internet por emocionar uma senhora atendida pela primeira vez na vida por um homem preto

  Reprodução Big Brother Brasil / gshow

Ele tem alma de artista no corpo de um médico. É assim que Fred Nicácio se define ao contar sobre sua história de vida e suas experiências. Aos 35 anos, gay, filho de pai militar e mãe religiosa, ele cresceu tendo que lidar com sua orientação sexual dentro de um ambiente rigoroso, sofreu preconceito por parte da família, e chegou a cortar relações para viver livremente sua essência.

“Não falo com meus pais há anos, eles estão vivos”, conta o participante.

Dono de um sorriso encantador, palavras cultas, um espírito festeiro, solar, e esbanjando simpatia, ele preza pela paz, é também fisioterapeuta, foi apresentador do Queer Eye Brasil, da Netflix, e é um médico famoso por seus atendimentos acolhedores.

Na internet, coleciona vídeos viralizados por sua conduta afetuosa com os pacientes dentro do SUS. Em especial, quando atendeu o neto de Dona Eunice, uma senhora que se emocionou ao ver, em seus 74 anos, pela primeira vez na vida, um médico preto atendendo sua família.

“Me orgulho de tantas coisas que eu fiz ao longo da minha vida, mas principalmente de ser um homem livre. Eu tatuei aqui no pescoço: liberdade. Que orgulho ter conquistado a minha liberdade”, diz ele, que é médico generalista e atua na área da dermatologia.

É casado e tem um relacionamento aberto

Fred é natural de Campos dos Goytacazes (RJ) e atualmente mora em Bauru (SP) junto com o marido, o cirurgião-dentista Fabio Gelonese, com quem se relaciona há oito anos. “Nós temos uma relação aberta há 4 anos. Casamento aberto é repactuação constante, conversa, diálogo. Porque eu mudo, ele muda. Nossa relação precisa mudar também”.

As origens e o preconceito

Fred passou a infância em um bairro periférico de Campos. “Cresci em um CIEP, dentro de uma escola onde os meus pais tinham a função de pais sociais. Morei com pessoas que não eram da minha família até meus 14 anos. Contemplava crianças carentes, com um tipo de família desestruturada. Meu quarto era coletivo, junto com meus dois irmãos de sangue e mais a galera que ia para lá de vez em quando”.

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